No dia 21 de maio estarei publicando, se a editora entregá-lo, "O Diário de Maria Amélia, livro que trata da biografia de minha tia avó Maria Amélia Lins de Albuquerque. Uma mulher que até nos dias atuais estaria a frente de seu tempo. Formou-se em Contabilidade em 1927, era pintora e tocava bandolim. Deixou um diário escrito nos anos 1932 e 1933. Maria Amélia era a filha mais velha do casal Aureliano Cavalcanti Barros e Amélia da Silveira Barros. Nasceu no Engenho Barra, em Escada – Pernambuco, no começo do século XX, quando as bestas não mais rodavam as almanjarras, quando os chamuscados tachos usados para o cozimento do mel foram transformados em reservatórios para acolher as águas descidas das calhas das casas grandes nos dias de chuva, quando a lodosa roda d’água girava sem sentido procurando em vão as engrenagens para as quais era força motriz, quando a família deixou de fogo morto a velha fábrica de açúcar artesanal, acompanhando o que chamavam progresso, transformando os orgulhosos Senhores de Engenho em simples agricultores, fornecedores de cana para as usinas nascentes, controladas pelos chefes dos clãs...
Nenhum comentário:
Postar um comentário