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LANÇAMENTO
DO LIVRO: “ENSAIO SOBRE A APARÊNCIA”,
DA ESCRITORA SEVATIL LÔBO, NA BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE PERNAMBUCO
Recife,
26 de junho de 2018 – 19h
DISCURSO DA AUTORA
Recebam todos o meu carinhoso Boa noite...!
Hoje _ é uma noite especial para mim, pois consegui reunir:
colegas de profissão, amigos, irmãos, minha família, e àqueles que primam pela
Arte Literária. Este é o meu 10º trabalho literário, mas por ser o 1º
individual, torna-se o mais importante, pelo comprometimento assumido em
expressar: meus ideais, minhas ideias, ideologia, filosofia, opiniões, minha
Fé; e uma tentativa de elucidar um Tema tão controverso na História da
Humanidade.
Presto, em seu “Prefácio”,
uma homenagem ao Poeta, professor, escritor e crítico literário _ Marcos
Accioly _ porque sendo ele o prefaciador deste livro _ foi arrebatado desta
vida _ sem que pudesse concluí-lo. O livro, como foi dito no Convite, está
dividido em 4 capítulos: o dos Discursos; o dos Ensaios; uma Palestra/Aula; e
dois Textos Avulsos.
Os Discursos _ fazem parte da trajetória da minha vida Acadêmica, e
neles expresso-me acerca, principalmente, de uma das Artes Fônicas _ A
Literatura, e também deixo transparecer minha filosofia, a respeito de vários
assuntos;
No “Ensaio sobre a Aparência”, que dá a dimensão de quanto o Tema da
Aparência é contraditório, nele, procuro esclarecer o equívoco de tal axioma;
No outro _ “Um bom Escritor”, assumo um papel
didático, na pretensão de ensinar algo, àqueles que pretendem “fazer
Literatura”;
Na Palestra/Aula, ministrada em Porto de Galinhas _ abordo a Poética
Clássica, e seus autores: Aristóteles, Horácio e Longino, para discorrer sobre
o Tema: O Escritor e a Obra de Ficção.
Nela, cito Longino, e as suas 5 Fontes, do seu “Tratado do Sublime”; e também os 9 Fundamentos Comuns, de Horácio; onde faço alusão ao 5º, que afirma:
“...a Composição com vista à Dignidade e
Elevação; e reforço que: “A
Verdadeira Obra Literária, não pode diminuir, tampouco corromper a “dignidade
humana” . (S. Lôbo)
Por fim, apresento dois
Textos sobre os Valores: Justiça e Liberdade; para tal, me aproprio
criando as Metáforas, quando digo:
My name is Justice!
My name is Liberty!
Tentando traduzir o pensamento delas.
Desejo registrar a
“ausência”, neste Evento, do meu irmão Valdeque Lôbo, que partiu no Domingo de
Páscoa, deste ano; motivo de não estar presente.
Pediria à minha família ,
para estarem de pé; minha mãe, irmã, irmão, nora, sobrinhas e sobrinhos;
(palmas)
Todos os meus amigos e
nobres Acadêmicos, presentes, sintam-se por mim abraçados;
Desejo encerrar minhas
palavras, com uns poucos versos de Jorge Luís Borges _ grande Poeta Argentino:
“Não arisque o mármore temerário...
O nome, a opinião, os acontecimentos,
a pátria...
O mármore não fale o que calam os
homens.
O essencial da vida fenecida _ a
trêmula
esperança, o milagre implacável da dor
e
o assombro do gozo _ sempre perdurará.
Cegamente reclama duração a alma
arbitrária
quando a tem assegurada em vidas
alheias,
quando tu mesmo és o espelho e a
réplica
daqueles que não alcançaram teu tempo
e outros serão (e são) tua
imortalidade na terra”.
A Jesus Cristo; meu Senhor,
_ Em quem estão escondidos os tesouros da Sabedoria e
da Ciência _ meus agradecimentos primeiros;
Agradeço, aos colegas
Acadêmicos, da Academia Escadense de Letras, pelo incentivo e ajuda, que foram
providenciais, para este acontecimento!
E agradeço, outra vez, o
cuidado, o agrado, e a consideração extremosa, demonstradas em vossas
presenças, que me honram e me aquecem o coração.
Obrigada
a todos!
E
boa leitura!
Sevatil Lôbo
26 de junho de 2018
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DISCURSO
PROFERIDO PELA ACADÊMICA SEVATIL LÔBO, POR OCASIÃO DO “8º ANIVERSÁRIO DE
FUNDAÇÃO DA ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS”, E POSSE DOS ACADÊMICOS: JOSEBIAS
CARVALHO DE LIMA, MARIA PIEDADE BUARQUE, E JOÃO LINS DE ANDRADE.
Escada, 19 de
maio de 2018
Excelentíssima Presidenta da Academia
Escadense de Letras, Dra. Ana Lúcia Neto;
Excelentíssima Presidenta da Academia
Pernambucana de Letras, Dra. Margarida Cantarelli, representada pela Acadêmica
Ivoneide Calado; acompanhada de seu esposo, Sr. Marcos Arruda;
Excelentíssimo Presidente da Academia
Cachoeirana de Letras e Artes, Sr. Adilson Guedes;
Excelentíssima Presidenta da Academia
de Letras e Artes de Gravatá, Sra. Maria Célia Soares de Carvalho;
Excelentíssima Presidenta da Academia
Tamandareense de Letras e Artes, Sra. Ana Cristina Ribeiro;
Ilustríssima Diretora das Faculdades da
Escada, Dra. Silvia Gomes Pereira;
Ilustríssima Acadêmica, Sra. Dilsa
Farias, da Academia de Letras e Artes de Gravatá;
Ilustríssimo Diretor de Publicações da
AELE, Dr. Tarcísio Augusto Alves;
Ilustríssimo Diretor de Comunicação da
AELE, Sr. Psicanalista Waldyr Siqueira;
Ilustríssima Secretária da AELE, Mestra
Teresinha Melo;
Ilustre Banda Sinfônica, formada por
alunos da Universidade Federal de Pernambuco, sob Regência do Maestro da AELE,
Prof. Dimison Gomes;
Demais componentes da Mesa de Honra;
Acadêmicos presentes;
Convidados presentes;
Senhoras e Senhores;
Desejamos
saudar, a cada um e a todos, com um “boa noite”, prazenteiro e fraterno; e
também vos dizer, da alegria sincera de vos receber neste dia, nesta noite, e
neste lugar, para juntos celebrarmos o 8º
ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DA ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS; e, para resgatar
da memória os anos passados, relembremos por um momento a nossa trajetória:
_8 Anos; 4 Presidentes; Hoje _ 33 Membros
Efetivos; 22 Membros Correspondentes; 30 Membros Honorários; 07 Membros
Beneméritos; 13 Jovens Intelectuais _
Era o ano de 2010 _ naquela Festa de
Fundação, realizamos o sonho daqueles que ansiavam por mudar a História de
Escada _ Escada das ladeiras, do Rio Ipojuca, dos Engenhos, das Casas-grandes,
da Natureza exuberante, daquele tempo; do tempo de Tobias, e que hoje, não
existe mais.
Em seu 1º Presidente (2010-2011) _ o
poeta, pesquisador, escritor e nosso amigo _ o Dr. Luís Minduca. Em sua Gestão,
o sonho concretizado; a Posse dos Membros
Fundadores; o Hino da AELE, por
nosso Poeta, Sebastião Araújo; o Brasão,
criado por seus Membros Fundadores; a Posse
da 1ª Diretoria, na Câmara dos Vereadores, em 29 de julho de 2010; a
escolha do Lema desta Academia, pelos
Acadêmicos: Sevatil, Minduca e Sebastião Araújo, quando da visita ao ESPAÇO DE MANOEL BANDEIRA, em Recife, na Rua da União; a consolidação dos seus Projetos, que se
perpetuarão através de seu nome; para citar apenas dois deles: “O Natal com Poesia”, o “Concurso Literário”, e anual, da AELE. Aquele pequeno/grande homem,
abnegado às Causas e aos Problemas Sociais _ que nos apaixonou a todos, pela
sua dedicação e bondade, e ainda pelo zelo com que cuidou desta Academia de
Letras e Artes; que ...”fez por Escada em
30 anos, o que muitos não fariam, caso tivessem 100 anos ao dispor”, como
afirma Valterjoy Lôbo.
O nosso querido Acadêmico e amigo, nos
deixou ao final de 2016, e a sua ausência ainda nos dói; porém, o seu
incansável trabalho, estará eternizado no livro: ”Escada _ Riqueza de Pernambuco”, em seus versos
‘imorríveis’, e em seu terno carinho
para conosco.
No Ano de 2017, a Academia escadense de
Letras, prestou-lhe homenagens durante uma semana de atividades; homenagens
intituladas _ “Luís Minduca _ Vida e
Obra”; e neste Ano de 2018, as Faculdades da Escada _ FAESC, em consonância
com esta Academia, presta-lhe mais uma homenagem, entre os Eventos da “Semana
de Comemoração dos 145 Anos de Emancipação” desta cidade, precisamente no dia
22 de maio, a aposição da placa: “BIBLIOTECA
ESCRITOR JOSÉ LUÍS MINDUCA”.
A ele _ a gratidão eterna desta
Academia!
Em seu 2º Presidente (2012-2013) _ o
professor e psicanalista _ o escritor Waldyr Siqueira, que dando continuidade
ao empenho de seu antecessor, cria os “Intercâmbios
Culturais”, e os “Encontros de
Academias”, que a princípio foram realizados em nossa cidade, nas Faculdades
da Escada - FAESC, e logo depois na cidade de Paulista, e alavancaram a
importância desta Academia, em Pernambuco, como também, nos Estados da Bahia e
Sergipe; em sua Gestão foi instituído o “Bloco
Lírico da AELE”, que homenageou personalidades importantes de nosso
Município; e ainda em sua gestão, foi publicada a I ANTOLOGIA da AELE; houve naquele momento um afluxo de pessoas que
acorriam à Academia, na busca de se tornarem “Imortais”. O Acadêmico Waldyr
Siqueira _ cumpre portanto, com relevância, o seu papel na presidência da AELE.
Em sua 3ª Gestão (2014-2015), a
Presidenta _ a mestra e escritora _ Teresinha Melo, de início disse a que veio:
institui o “Encontro entre Poetas
Populares e os Acadêmicos da AELE, com “Almoçando
no Mercado”, no intuito de
consolidar o popular e o erudito; cria também o “Encontro das Academias de Letras e Artes das Microrregiões de
Pernambuco”; em sua gestão foram apadrinhadas a Academia Morenense de Letras e Artes – AMLA, na cidade de Moreno – PE, e a
Academia Cachoeirana de Letras e Artes _ ACLA, na cidade de Cachoeira
da Bahia, que em 2015, recebeu esta Academia para aquela Solenidade de
Fundação, com pompa e circunstância, e uma cordialidade manifesta. Hoje, temos
aqui, o seu representante e nosso amigo _ o Acadêmico e seu Presidente _ o
escritor Adilson Guedes; ainda em sua gestão, os Saraus Literários ganharam grande fôlego, e a Antologia Anual da
AELE atraiu escritores de outras Academias e muitos Jovens Intelectuais. Foram
vários os Livros Publicados e
lançados naquele período. Muito poderia ainda dizer-se da gestão de Teresinha
Melo, mas desejamos aqui defini-la _ como nossa ‘mãezona’, e amiga
incontestável _ das Letras e Artes.
Em sua 4ª Gestão (2016-2018), a
professora, escritora e Dra. em Estudos das Ciências _ a nossa Ana Lúcia
Cavalcanti Neto _ fez-se presente; em 2016 promoveu o importante “Intercâmbio Cultural” entre a cidade de
Tobias Barreto, com a Academia Tobiense
de Letras e Artes _ ATLA, e a Academia Escadense de Letras _ AELE; da
qual adotamos o nome para nossa Academia, como “Casa Tobias Barreto”. Por votação unânime, fui designada para em
sua gestão, outra vez, assumir a função de Oradora da AELE, que procuro exercer
com o mesmo cuidado, quando da 1ª Gestão, junto ao Presidente Dr. Luís Minduca.
Entre as várias atividades instituídas pela gestão atual, citaremos algumas:
·
A instituição
do “Coral Sebastião Araújo da AELE”, em
homenagem ao Acadêmico, advogado, e nosso Poeta, que em seus versos canta a “Cidade de Escada” tão primorosamente; o
Coral da AELE já se apresentou em várias oportunidades, e tem recebido convites
que não param de chegar, e a cada ano, se apresenta em uma “Cantata Natalina”, na Igreja da padroeira da Escada;
·
Foram
lançadas em sua gestão _ a IV Antologia
de Textos Acadêmicos, e a V Antologia de Contos/ Cordeis/ Crônicas/ Poemas;
no final de 2017;
·
Ainda
para este ano, será lançada a Antologia
dos Patronos da AELE, em E-book;
·
Também
em sua gestão, teremos o Lançamento do Livro: “Como Ensinar e Aprender _ sobre o nosso Município”; marcado para o
dia 23 de maio, às 19h no Auditório da FAESC;
·
O
Lançamento do livro: “Ensaio sobre a
Aparência”, na Biblioteca Pública
Estadual de Pernambuco, da professora e escritora, Sevatil Lôbo _ no dia 29,
deste mês de maio, esta oradora que vos fala, e que a todos convida, e
sentir-se-á honrada com as vossas presenças;
·
Tivemos
ainda os Saraus e Lançamentos, dos Acadêmicos escritores, historiadores e
cordelistas, como: o Sarau do
Acadêmico e Dr. Francisco de Assis; o Sarau
do Acadêmico e Diretor de Edição da AELE, Dr. Tarcísio Augusto; o CD Natalino da Historiadora, Mariinha
Leão; e o do Poeta Cordelista, Valdeci Leocádio;
·
Em
sua gestão tivemos o “IV Encontro das
Academias de Letras e Artes”, e o “V Intercâmbio Cultural da Academia
Escadense de Letras - AELE, e a Academia de Letras e Artes de Gravatá -
ALAG”; encontro que ainda trazemos na memória _ “aquele maravilhoso
confraternizar de amigos das Letras e Artes”; dali saímos enriquecidos e
enternecidos, pela amável e calorosa acolhida;
·
(Rumo
à Escada, no veículo da Presidenta, em consonância com a então secretária,
Teresinha Melo, Sevatil Lôbo e a presidenta da AELE, depois da ideia discutida
e amadurecida, foram criadas naquele momento as “Vias Culturais da AELE”, que neste momento encontra-se na 4ª. As
duas primeiras aconteceram no Teatro Santa Izabel, para participar de Óperas
Clássicas; a 3ª, na residência do nobre Acadêmico Josebias, na “Fazenda
Sossego”, onde os Acadêmicos foram recebidos com zelo, ternura, e uma postura
amável, que encantou a todos. No momento foi visto um filme, baseado no livro
de William Young _ escritor Irlandês de expressão inglesa _ e após, os
Acadêmicos foram intimados a se posicionarem sobre a Obra. A 4ª Via Cultural,
atendeu ao convite do Maestro Dimison César, para assistir à “Ópera Leonor”, criada em 1854-1929, por
Euclides de Aquino Fonseca; executada pela Orquestra
Sinfônica da UFPE, na abertura da
Temporada de Comemorações de Aniversário do Instituto Ricardo Brennand, e onde o
nosso Maestro participou no naipe dos Tenores).
·
E ainda
em sua gestão, numa luta acirrada, em que se destacam os nomes de: Mariinha Leão,
Teresinha Melo, Ana Neto, Valdeci Leocádio, Elizabeth Leocádio, Waldyr
Siqueira, e Piedade Buarque; a Praça
Aquilino Porto, será novamente, depois de muitos apelos, denominada pelo
nome de nosso Patrono _ “Tobias Barreto de Menezes”, como antes era chamada, e
sua placa e busto, serão afixados com a presença desta Academia, dia 21 de
maio, às 16h, no local; a AELE, conta com a presença de todos àquela
solenidade.
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Desejo neste momento, abrir um preâmbulo para uma reflexão. Hoje pela
manhã, assistimos uma jovem _ ex-atriz, divorciada, e de mãe negra, quebrar os
paradigmas da Realeza Britânica; enfim, o Amor de dois jovens, derrubou dogmas,
preconceitos e tradições que atravessaram milênios; parabéns a eles! Meghan e o
Príncipe Henry!
Que dizer da pessoa da Sra. Ana Lucia
Neto?! Tendo produzido como título do meu livro: “Ensaio sobre a Aparência”, e
para a sua produção, ter adentrado em estudos dos Clássicos da Literatura,
sobre o velho axioma entre “aparência e essência”; lembrei a célebre frase de
Saint Exupéry: “O essencial é invisível aos olhos”; e também o célebre
pensamento de William Shakespeare: “To be or not to be, is the question” _ “Ser
ou não ser, eis a questão”; tão estudada por filósofos posteriores ao gênio, em
sua Obra “Hamelet”; então, observei a adolescente, aquela dócil menina, minha
aluna na Escola Agrícola Luiz Dias Lins (ano de 1982), e pela experiência com
adolescentes e jovens em sala de aula, nós, professores, temos ciência, daqueles
alunos que serão um dia, personagens notórios de sua própria história.
Ana – Aninha, como costumo chamá-la.
Sua trajetória nesta Academia, não será jamais relegada ao esquecimento, pois
como afirma a máxima popular, ”As aparências enganam”, tenho nesta noite, a
satisfação de lhe dizer: “Você (permita-me tratá-la assim), é uma das exceções
desta regra, porque a sua “aparência”, condiz, perfeitamente, com a sua
“essência”, e rico é o homem, que teve a honra de esposá-la; uma “mulher
virtuosa” _ como está escrito no
Livro Sagrado, em Provérbios, capítulo
31, e versículo 10 e 11:
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu
valor muito excede o de rubins; O coração do seu marido está nela confiado, e a
ela nenhuma fazenda faltará”.
Pela sua calma, ternura, bondade, sensibilidade, docilidade, dedicação, luta,
ideais, trabalho, disponibilidade, transparência,
imparcialidade, firmeza, intelectualidade, dignidade, e principalmente o Amor, expresso no calor
humano e no fino trato, para com
todos;
Esta Academia de Letras, lhe reservará
sempre, um lugar de destaque em sua “Casa de Letras e Artes”, mas também, em um
cantinho especial dos nossos corações.
Obrigada, Ana Lúcia. Uma salva de
palmas para nossa Presidenta!
Caminhemos para o final desta Retórica.
Prezados Acadêmicos e Convidados
presentes,
Vivemos um momento controverso de nossa
História do Brasil; o nosso nobre crítico literário Antônio Cândido, afirma em
suas palavras, que os escritores devem preservar “a persistência da pureza no meio do vício” _ e para descrever o
Mundo atual :
Corrupção avassaladora;
Violência em ascensão;
Perseguição ao Cristianismo;
O Suicídio alarmante dos Jovens;
A Frieza de Amor e sentimentos bons;
A Emigração dos Povos sem Pátria;
A escassez de Água potável;
Tudo isso sem citar: Tremores na terra, Erupções Vulcânicas, e
Genocídios Modernos, etc..
Tudo nos lembra as palavras de Bertold
Brecht, que as faço minhas parafraseando-as, e acrescentando às mesmas, a
palavra “Não”:
“Que não privatizem sua vida;
que não privatizem seu trabalho;
que não privatizem sua hora de amar;
e tampouco, que não privatizem _ o seu direito de pensar”.
Recebamos com alegria, nesta noite
festiva, os Acadêmicos que tomam Posse como Membros Efetivos desta Intituição:
o Acadêmico Josebias Carvalho de Lima e a Acadêmica Maria Piedade Buarque; e
ainda, o nosso Membro Benemérito, Acadêmico João Lins de Andrade.
Parabéns a eles!
A AELE, em nome de sua Presidenta,
agradece a presença de todos!
Boas
Comemorações na semana próxima, e Obrigada.
Escritora,
Sevatil Lôbo
Escada, 19 de
maio de 2018
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DISCURSO
PROFERIDO PELA ACADÊMICA SEVATIL LÔBO, POR OCASIÃO DO “IV ENCONTRO DE ACADEMIAS
DE LETRAS DAS MICRORREGIÕES PERNAMBUCO”, E O “V INTERCÂMBIO CULTURAL DA ACADEMIA
ESCADENSE DE LETRAS-AELE, E A ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE GRAVATÁ-ALAG
Gravatá, 22 de setembro de 2017
Excelentíssimas
Presidentas, da Academia de Letras e Artes de Gravatá-ALAG, e Academia
Escadense de Letras-AELE; representadas pelas Acadêmicas, Sra. Maria Célia
Soares de Carvalho e Dra. Ana Lúcia Neto;
Excelentíssima
Presidenta, da Academia Pernambucana de Letras, Sra. Margarida Cantarelli,
representada pelo Acadêmico Admaldo Matos de Assis;
Ilustríssimos
Srs. Vice-presidentes, das Academias em Intercâmbio _ Sr. Josias Teles da
Silva, e Sr. Adriano Sales;
Ilustríssimas
Sras. Secretárias, Sra. Ivoneide Calado, e Sra. Teresinha Melo;
Acadêmicos e Escritores presentes, da ALAG e
AELE;
Autoridades
e Convidados;
Cidadãos
Gravataenses;
Senhoras
e Senhores!
Hoje à tarde, às 17h02, entramos na Estação
da Primavera; Estação da renovação das “esperanças”, quando a natureza fica
mais linda; quando os pássaros gorjeiam com um “canto novo”, e as flores, que
florescem na Primavera, como: as rosas, as margaridinhas, as gérberas, as
orquídeas, as hortências, as buguevileas, os crisântemos, os hibiscos, os
lírios _ e entre elas, as lindas e raras “bromélias”, entre as quais, os belos
“Gravatás”; E neste “IV Encontro de
Academias das Microrregiões de Pernambuco”, da Academia de Letras e Artes
de Gravatá, sob o Tema: “Nas Folhas do Gravatá
_ escrevemos Versos e Prosa”; a Academia Escadense de Letras, neste
momento, saúda, em seu “V Intercâmbio
Cultural”, esta Academia, representada por seus Poetas, Escritores,
Jornalistas, Filósofos e Historiadores, que ao longo dos anos, têm consolidado
sua trajetória, nos trabalhos prestados ao seu Município, e a muitos outros de
Pernambuco.
Eu vos saúdo, com um Boa-Noite, primaveril!
Fundação
da AELE e seu 1º Presidente
Era o Ano de 2010 _ do doce mês de maio
_ um pequeno grupo de intelectuais se reúne, sonham o mesmo sonho, têm os
mesmos ideais, e entre eles, surge o Dr. José Luís Minduca, que pela alma
sensível de Poeta, e por amor à Literatura e a Escada, transpõe os sonhos,
acirra a luta, projeta e elabora decisões, e assim, junto com seus amigos,
funda a ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS.
Noite
memorável aquela; a fundação se deu, no Antigo Cine Utinga; e esta Academia de Letras den Gravatá, a seu pedido,
participou daquela Solenidade, apadrinhando a AELE; naquela ocasião, o Mestre
de Cerimônia foi o Acadêmico Josias Teles, na Gestão do então presidente, o
Acadêmico Admaldo Cesário. A AELE, foi apadrinhada também, pela Academia
Pernambucana de Letras _ representada na pessoa do seu Presidente, Dr. Waldênio
Porto; pela Academia de Letras e Artes do Nordeste-ALANE _ representada na
pessoa de sua Presidenta, Profª Ana Maria César; e pela União Brasileira de
Escritores-UBE _ representada em seu Presidente, o Engº. Alexandre Santos.
Naquela
batalha, o Dr. Minduca teve de vencer a ideia tacanha que circulava em Escada,
a de que: “Nada em Escada vai pra frente”; Foi a AELE, que derrubou o
preconceito dos de mente grosseira e ignorante. José Luís Minduca _ 1º
Presidente desta Academia, e hoje Presidente Honoris causa _ digo em 1º lugar,
Poeta, porque os Poetas e os Gênios, não morrem, se encantam; foi ainda,
pesquisador, escritor, professor e político. Deixou-nos uma Obra imorredoura,
como: “Escada _ Riqueza de Pernambuco”,
onde aborda as origens e todo o patrimônio de Casarios e Solares; exerceu por
anos, a profissão de Odontólogo; prestou relevantes serviços às causas
humanitárias da cidade; criou o “Concurso
Literário da AELE”, a fim de dar
oportunidade aos Jovens das Escolas Públicas e Privadas da Escada; criou o “Natal com Poesia”, para alegrar as
Comunidades Carentes do município. Seu temperamento, era calmo, terno,
carismático, vivaz, e firme a um só tempo; atraía as pessoas para ouvi-lo. Fez
por Escada, nos últimos 30 anos, o que muitos não fariam, caso tivessem um
século ao dispor.
Ele
_ meu amigo e ex-aluno, quando do tempo de criança, aos 8 anos de idade; e eu,
que com 14 anos já lecionava, na Escolinha da Igreja Presbiteriana em Escada; e
da lembrança daquele tempo, já como escritora de Ficção, dediquei-lhe um Conto:
"Um Aluno Especial” , na I
Antologia da AELE; Conto que ele leu ainda em vida. Escolhemos juntos, o Lema
da AELE _“Lutar com Palavras”, inspirados em Carlos Drummond de
Andrade, que completa neste ano de 2017, 30 Anos, de seu ‘encantamento’; e sem
querer contrariar o Mestre dos Poetas do Modernismo Brasileiro _ dizemos:
“Lutar com Palavras”, não é uma luta vã!
A
Academia Escadense de Letras ser-lhe-á, eternamente grata; e para homenageá-lo,
criou a “Comenda José Luís Minduca da
Cultura Escadense”; a Minduca – a admiração e o respeito sincero da AELE.
Trajetória
da AELE
A
Academia Escadense de Letras teve a oportunidade de abrigar mais três
Presidentes: o Acadêmico Waldyr Siqueira _ professor, escritor e psicanalista;
a Acadêmica Teresinha Melo _ professora e escritora; e hoje, temos a querida
professora, escritora e Doutora em Ciências Biológicas _ Ana Lúcia Gomes Neto.
A AELE tem como Patrono, o poeta, escritor, advogado, professor e jurista _
Tobias Barreto de Menezes _ que residiu na cidade de Escada por 10 anos, e
transcendeu no tempo _ e se imortalizou também nesta Academia, que buscou em
sua vida, inspiração.
A
AELE, conta atualmente, com vários programas Literários e Sociais. Este é para
nós, o “V Intercâmbio Cultural”; o primeiro, em Pesqueira-PE; o segundo, em
Garanhuns; o terceiro, em Cachoeira da Bahia; e o quarto, na cidade de Tobias
Barreto, em Sergipe. A Academia Escadense de Letras vem cumprindo o seu papel:
social, comunitário, didático, inclusivo, literário e artístico.
Nossos
Anfitriões
Gravatá
_ falar de Gravatá; a outra Suíça Pernambucana!
Originou-se
em 1808, de uma Fazenda do Sr. José Justino Carneiro de Miranda, que vindo da
Bacia do Pajeú e das Margens do Ipojuca, se estabeleceu na Serra das Russas, e
de sua Fazenda, nasceu “Gravatá”.
·
Cidade envolvida na luta pela Abolição da
Escravatura e pela Proclamação da República;
·
Gravatá, de Manoel Bombadino e seus
descendentes;
·
Dos ricos Poetas, Escritores, Jornalistas e
Filósofos;
·
Da “Sociedade Musical XV de Novembro de
Gravatá”;
·
Da Jornalista Fernanda Tavares;
·
Da Presidenta, hoje em New York, Vilma
Monteiro Calvetto;
·
E de todos, que hoje aqui, representam o
seu Universo Literário.
O
“Gravatá” _é uma planta que possui qualidades terapêuticas, aromáticas,
culinárias, etc.; e faz parte da vegetação de proteção natural do Cerrado
Brasileiro. O Tema: “Nas Folhas de
Gravatá _ escrevemos Versos e Prosa”, para o “IV Encontro de Academias de Letras das Microrregiões de Pernambuco”,
escolhido por seus poetas e escritores, faz jus, à elevação da cidade de
Gravatá, como baluarte da Cultura e Avant-gard nas Lutas Sociais.
A
Academia Escadense de Letras, em nome de sua Presidenta, Ana Lúcia Neto, e
representando todos os seus Poetas e Escritores, pela Comitiva aqui presente,
junto a esta Oradora que vos fala _ Agradece o honrado convite, e se predispõe
a receber, todos os colegas Acadêmicos, que se dispuserem a visitar a nossa
Escada e esta Academia.
Desejaria
falar-vos mais _ não há tempo; Ele_ o Tempo, “... que reduz a nada, o que foi tudo”, como cantava em seus versos o
Poeta Edmir Domingues; e que
inexoravelmente, nos deixa já _ saudades _ dessa Terra aprazível, de flores e
frutos, perfumados!
Findo
então, minhas palavras _ nesta doce Primavera, que adoça a alma “dos que acalentam riquezas incomparáveis”, com as palavras, do grande Fernando
Pessoa:
“De
tudo, ficarão três coisas:
A
certeza de que estamos sempre começando...
A
certeza de que é preciso continuar...
A
certeza de que seremos interrompidos, antes de terminar!”
OBRIGADA, A TODOS.
Escritora, Sevatil Lôbo
Escada, 22 de setembro de 2017
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-DISCURSO DO 7º ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS, E POSSE DE SEUS NOVOS ACADÊMICOS, PROFERIDO POR SEVATIL LÔBO, ORADORA DA AELE, EM 20 de maio de 2017-
Excelentíssima Presidenta da Academia Escadense de Letras, Prof.ª Dr.ª, Sr.ª Ana Lúcia Neto;
Excelentíssima Presidenta da Academia- FAESC, Prof.ª Dr.ª, Sr.ª Sílvia Pereira;
Autoridades Presentes;
Componentes da Mesa;
Colegas Acadêmicos;
Alunos e Convidados;
Sras. e Srs.
(Introducão)
Hoje, na noite deste dia, sopra uma suave brisa outonal, ouve-se lá fora o farfalhar das árvores, e os prenúncios do Inverno já se fazem sentir, mas, precisamente nesta noite, A ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS, comemora o seu 7º Aniversário, e como “7” é o número das coisas plenas, posto que o Criador em 7 dias, criou os Céus, a Terra, os Mares, as Plantas, os Animais, e o Homem; desejo, antes de iniciar-me acerca da trajetória da Academia Escadense de Letras, abrir um preâmbulo, para discorrer a respeito da Origem e do Conceito de uma Academia.
As Academias surgiram há quase 24 séculos atrás, no tempo da Antiguidade Clássica, nos Jardins vizinhos de Atenas, consagrados ao herói ateniense – Academus, onde Platão estabeleceu sua Sociedade-Escola de Filosofia, chamada “Academus”, de caráter cultural e religioso. Perdurou de 385 a.C. até o ano de 529 d.C.. Os nove séculos de duração da Academia Platônica projetaram o seu nome para o futuro, fazendo-o ressurgir na Renascença.
O vocábulo ACADEMIA está dicionarizado da seguinte forma: Estabelecimento de ensino superior de ciência ou arte; faculdade, escola; Sociedade de caráter científico, literário, artístico, etc.; sendo estes os conceitos do sentido Platônico.
Somos então, uma Sociedade de caráter literário, científico, artístico e filosófico; abrigamos portanto: poetas, escritores, ensaístas, cientistas, filósofos, juristas, musicistas, etc.; e temos o compromisso de: esclarecer as mentes, alimentar ideias e ideais, indicar caminhos, leituras seletivas, ajudar na produção da Palavra artística; sem deixar de proclamar as inquietações sociais próprias de um novo século.
(Trajetória da AELE)
Então, estamos reunidos aqui, na Academia denominada FACULDADES DA ESCADA, para esta Solenidade de Aniversário do 7º ANO da Academia Escadense de Letras, e Posse de seus novos Membros.
Nesses 7 Anos, teve à sua frente, 4 Presidentes: o primeiro, Dr. José Luís Minduca – presidente Honoris-causa e fundador principal da Instituição; o segundo, o Psicanalista e Professor Waldyr Siqueira; a terceira, a Professora e Mestra, Teresinha Melo; e a quarta, aclamada para o biênio 2016 a 2018, a Professora e Doutora, Ana Lúcia Neto.
Todos – incansáveis e zelosos a fim de aprimorar a Cultura da Sociedade escadense.
Ao longo desses 7 Anos, foram instituídos na Agenda Anual da AELE – eventos, concursos e atividades literárias que passarei a relacionar:
“O Natal com Poesia”;
“O Concurso Literário da AELE”;
“Antologia da AELE”, lançamentos anuais, nos gêneros: Ficção e Textos Científicos;
“O Chá das Cinco”;
“Intercâmbio Cultural”;
“Encontro das Academias de Letras e Artes, das Microrregiões de Pernambuco”;
“Saraus Literários” – mensais;
“Bloco Lírico da AELE” – durante o Carnaval;
“Almoçando no Mercado” – encontro entre Poetas populares e os Acadêmicos da AELE;
“Forró da AELE” – durante o mês de junho;
“Passeio Ciclístico da AELE” – no entorno do Casario e Patrimônio Histórico do Município;
“Lendas Urbanas e Rurais do Município” – vivenciadas em encontros programados pela Academia;
“Coral da AELE - Sebastião Araújo” – dirigido pelo professor Dimison Gomes, também seu Maestro, e hoje, empossado como Membro Efetivo da AELE.
A Academia Escadense de Letras possui as Comendas:
“Ordem do Mérito Maior da Casa Tobias Barreto”;
“Ordem Arimunã do Mérito Literário Samuel Campelo”;
“Ordem do Mérito da Justiça Social Manuel Valentim”;
“Ordem do Mérito Espírito da Paz”;
“Ordem do Mérito Jundiá Grande – Cícero Dias”;
“Ordem do Mérito da Educação – Barão da Escada”;
Eestabelece hoje, a “Comenda José Luís Minduca da Cultura Escadense”, que nesta noite , será entregue à sua genitora e ao Acadêmico Luciano ......................
(Fala da Oradora)
Sras. e Srs.,
Somos como o rio que passa, segue o mar e jamais retorna, pois a água de hoje, não será a água de amanhã; e como dizia o renomado romancista Francês, Marcel Proust: ”É necessário nunca ter medo de ir longe demais, porque a verdade está sempre mais adiante”; e a nossa Cecília Meireles, afirmou: “Que ninguém passe em vão ao nosso lado”; e a fim de frisar a importância de alguém que marcou as nossas vidas, está o primeiro Presidente da AELE – o Dr. Luís Minduca – meu amigo, meu ex-aluno, meu colega de Academia; precisaríamos de muito tempo para discorrer a respeito de sua biografia; palavras, elogios, não dariam conta de externar tudo o quanto, o prezado Acadêmico significou para nós; deixou-nos o seu legado de Homem de Letras – como Poeta, Historiador, Cidadão escadense, que, como afirma Valterjoy Lôbo, “Fez por Escada, nesses últimos 30 Anos, o que muitos não fariam ainda que tivessem 100 Anos à disposição”. A Academia Escadense de Letras escolheu os dias 17,18 e 19, deste mês de maio, para homenageá-lo e agradecer-lhe pelo imorrível legado a nós outorgado. E hoje, em sua homenagem, estabelece a “Comenda José Luís Minduca da Cultura Escadense”. A ele, portanto, nossos agradecimentos, aplausos e memória eterna.
(Ao Mestre Antonio Candido)
Ao abrir o Diário de Pernambuco, no dia 13 de maio, uma sexta-feira deste mês, assim se pronunciava o Jornal: ”Faleceu, na madrugada desta sexta-feira, o escritor, crítico literário e sociólogo Antonio Candido, aos 98 Anos de idade”. Li toda a matéria – encontrei-a paupérrima! Conhecendo de perto sua Obra, como: Formação da Literatura Brasileira; Vários Escritos, Literatura e Sociedade; e inúmeros títulos dos quais acompanhei os seus lançamentos; estarreceu-me, que o maior Crítico Literário do Brasil, publicado no Ocidente e Ásia; responsável e defensor da “Estética da Recepção”, no Brasil, a ele – coubesse apenas meia página, seguida de um anúncio desses prédios feitos, especialmente para ricos.
Lamentei e lastimei, pois em uma de suas palestras, o Metre Antonio Candido, em seu livro “Vários Escritos”, na 2ª parte, capítulo intitulado “O Direito à Literatura”, onde ele defende o direito do pobre, à uma leitura seleta; o professor Candido, afirmava, que “A Literatura é o sonho acordado das Civilizações”, e que, ...assim como não é possível haver equilíbrio psíquico, sem o sonho, durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a Literatura – como manifestação universal de todos os homens em todos os tempos”. Esta Academia Escadense de Letras, presta-lhe hoje homenagem, e se compromete de através de sua Biblioteca, realizar estudos de sua Obra, para bem formar, o pensamento dos futuros literatos escadenses, e diz: “Descansa agora, grande Mestre!”
(O Cenário do Brasil atual)
O grande Cervantes, disse um dia: “Cada homem é como Deus os fez. E às vezes pior”; o Homem pensa que chegou a um máximo de racionalidade técnica e de domínio sobre a Natureza, mas , ao vislumbrar a atual conjuntura política do nosso país, ficamos boquiabertos ante a confirmação de atraso e pobreza por toda parte, por todos os Continentes. Para citar apenas cinco desses: A corrupção dos governantes; a Imigração desenfreada de países, como o Sudão, Etiópia, Síria, Afeganistão, Venezuela...; o Terrorismo galopante; a explosão de novas drogas; a falta d’água e de alimentos; a violência às crianças e aos jovens; e na nossa Nação, temos uma constatação urgente e a pergunta: “Onde encontrar um Presidente?”
(Meu tempo de FAESC)
Neste instante, as lembranças vêm nítidas e a saudade aperta o peito. Lecionei nesta Academia da FAESC, durante os anos de 2005 a 2007; Como esquecer as manhãs de sábado, das aulas de Teoria Literária à beira da piscina? As análises dos Contos Machadianos e os estudos de Crítica Literária, onde cada um sobressaia-se grandemente. E as apresentações das sínteses dos romances brasileiros, onde todos ficavam em alvoroço? E as Peças Teatrais? E o Dom Quixote caracterizado, perseguido e filmado a rigor, pelo aluno Castro? Os Autos de Gil Vicente, as declamações do Navio Negreiro nos Festivais de Literatura, bem como os recitais de Os Lusíadas?! A vinda do Poeta Marcos Accioly, e sua declamação de O Roçado?! AH!, bons tempos aqueles!
(Conclusão)
E neste momento, caminhando para o final desta retórica, desejamos agradecer a todos que tornaram possível, este evento; que esta noite possa ficar em memória dos que participaram conosco desta Solenidade; e que o povo da Escada, tenha sempre a guarida de um reduto, onde o Conhecimento tem passagem livre; que o Mestre dos Mestres, o Deus único e verdadeiro, “...em quem estão escondidos os tesouros da Sabedoria”, nos abençoe a todos.
À nossa Presidenta, Ana Lúcia, nossos parabéns, pelo modo gentil, gracioso, elegante, e eficaz, com que conduz a Academia de Letras da Escada; e parabéns também à sua Diretoria. Aos Acadêmicos hoje empossados, entre os quais, encontra-se a professora Vanilda Lôbo, minha mãe, sois bem-vindos!
Estarei me ausentando por 25 dias, desta Academia, vou ao Estado do Pará – vou para o lugar onde jorram as fontes; brotam frondosas as mangueiras, e o índio corre solto por matas (ainda) virgens... a Amazônia!
Finalizo com os Versos:
“O homem canta, a sombra reconhece. O homem morre, a sombra permanece”.
A Academia Escadense de Letras, agradece a todos! Obrigada!
By: Sevatil Lôbo de Siqueira
*******************
DISCURSO
DA ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS POR OCASIÃO DE SUA CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL
E LANÇAMENT5O DA IV ANTOLOGIA DE TEXTOS
ACADÊMICO S – PROFERIDO PELA ACADÊMICA SEVATIL LÔBO – ORADORA DA AELE – Escada,
27 de dezembro de 2016
Excelentíssima
Presidenta da Academia Escadense de Letras;
Ilustre
Diretoria da AELE;
Colegas
Acadêmicos;
Convidados
Presentes;
Senhoras
e Senhores
Se
repassarmos em nossa memória, alguns fatos que aconteceram ao longo desse ano de
2016, veremos que alguns muito de perto nos atingiram como seres humanos, e
também como Acadêmicos:
Logo de início,
assistimos a luta pelo Impeachment, da Presidenta Dilma Rouseff ;
Vimos a Lava-jato
estender seus tentáculos e alcançar políticos, que jamais pensaríamos
corruptos;
Assistimos a lenta e
dolorosa luta dos Imigrantes de todo o Mundo, principalmente da Síria, da
África, e do Afeganistão – escutamos o choro incessante das crianças
refugiadas, e também vimos o corpo daquela criança de quase dois anos, inerte
na beira da praia – acalentada pelo balanço das ondas;
Assistimos aos
atentados terroristas na França, e na Alemanha – em Berlim;
Compartilhamos, passo a
passo, a truculenta Campanha Eleitoral na América do Norte;
A Literatura perdeu, a
partir de 2014, escritores de nomes que se transformaram imorríveis por suas
Obras, como: João Ubaldo Ribeiro – nosso cronista-mor; Ariano Suassuna – com
sua “Pedra do Reino” e seu Reino, seu “Auto da Compadecida” e suas “Aulas
Espetáculos”; ainda no mesmo ano, perdemos Gabriel García Márques – do famoso
livro “Cem Anos de Solidão” – com sua cidade imaginária de ‘Macondo’, que narra
a origem do povo Colombiano; Neste ano, mês de dezembro, perdemos o grande
poeta e crítico brasileiro, Ferreira Gullar; perdemos dia 21, o nosso
presidente Honoris-Causa, o Doutor Luís Minduca – nosso poeta, historiador e cidadão escadense, que, como
afirma o contador Valterjoy Lôbo, “fez
por Escada, nesses últimos 30 anos, o que muitos não fariam nem que tivessem
100 anos à disposição”; por último, no dia 25, perde a Literatura, a Poeta,
Professora da Cátedra de Teoria Literária, do Curso de Letras da UFPE, Membro
da Academia Pernambucana de Letras e de outras d’além mar; a Crítica literária
renomada entre os atuais – Lucila Nogueira – a grande mulher, com quem tive o
privilégio de conviver em anos passados na FUNESO, em Olinda, e na UFPE, como
aluna assistente do Curso de Teoria da Literatura.
Voltando ao retrospecto
dos fatos:
A Presidência da
República luta para convencer o Povo Brasileiro, que se encontra tomando as
decisões acertadas, a fim de levantar o País – País, onde atualmente, os pobres
tornaram-se miseráveis, os da antiga classe-média, agora pobres, e os ricos,
sem riquezas.
Em meio a tantos
horizontes tenebrosos, nós que compomos a AELE, chegamos ao final de 2016.
Carregamos em nosso acervo o que já produzimos e o que recebemos dos nossos
colegas em Cachoeira da Bahia, em Tobias Barreto, Sergipe, como também das
cidades das Microrregiões de Pernambuco, entre elas: Tamandaré, Paulista,
Moreno, e outras.
Queremos nesta noite,
deixar uma mensagem a todos:
“Ainda
que todas as luzes se apaguem;
Ainda
que queiram calar os gritos de nossas vozes;
Ainda
que tentem tirar o viço de nossa maturidade;
Ainda
que as crianças pobres, estejam condenadas a
beberem
água salobra e pouca, que lhes é imputado por direito;
Ainda
que o pão dos homens não mate a fome da Humanidade,
e
o mal cheiro das Injustiças se faça sentir em toda a Terra;
Ainda
que um tirano esteja a nos espreitar, e se levante com todo seu poder e
dinheiro;” (1)
Há uma – LUZ!
E dela falou Isaías a 700 anos antes de Jesus Cristo nascer:
“O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que
habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.
Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus
ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz”. (2)
Então – sigamos sua LUZ!
Sabemos que “o homem só pode falar seu pensamento se
pensar sua palavra” (3) , e aquela PALAVRA, que um dia nos trouxe à existência,
nos adverte:
_ Continuemos, pois a
vida exige que Marchemos!
Esta Academia de
Letras, em nome de sua presidenta, Ana
Lúcia Neto, e desta oradora , que vos
fala, deseja a todos os colegas Acadêmicos e amigos:
Um
Ano Novo Profícuo e Benfazejo!!!
1. Texto da escritora Sevatil Lôbo
3. Texto do pensador BONALD
*******************
DISCURSO
PROFERIDO POR OCASIÃO DO VELÓRIO E HOMENAGEM PÓSTUMA DA ACADEMIA ESCADENSE DE
LETRAS AO PRESIDENTE HONORIS CAUSA – DR. LUÍS MINDUCA – PELA ACADÊMICA E
ORADORA DA AELE – SRA. SEVATIL LÔBO
(Diretoria
do Biênio 2017 a 2018)
Saudações
Acadêmicas a todos
Estamos
vivendo a 2ª década, desse 1º século, desse 3º milênio; precisamente o ano de
2016. Ano que em seu final, tornou-se funesto para a Academia Escadense de
Letras, pois nos encontramos aqui, pela perda, doída, inesperada, e
insubstituível, do amigo e intelectual desta Academia, o Dr. Luís Minduca – o
nosso Presidente Honoris Causa, e fundador principal da AELE.
Há quem diga, que não
existem pessoas insubstituíveis, o que concordo em termos do aspecto humano,
físico; mas há sim, pessoas insubstituíveis no campo das ideias, e, como era
chamado carinhosamente de apenas “Minduca”, ele foi e será para nós, alguém
insubstituível.
Precisaríamos de muito
tempo para discorrer a respeito de sua biografia; palavras, elogios, não dariam
conta de externar o sentimento hoje sentido. Fica para nós o seu legado de
homem de Letras; sua Obra de 1º como o Poeta, depois, o Historiador, e ainda o
Cidadão Escadense, que nessas últimas 3 décadas, contribuiu incansavelmente
para o elevo cultural da cidade de Escada.
Desejo ler alguns versos
seus, que estão registrados em seu livro “Escada,
Riqueza de Pernambuco”, do seu Poema “Sem
me ver”:
“Quero um coração batendo
Sem emoções.
Que a pressão não se altere,
Que minha face não core,
Que as urticárias não se manifestem,
Que os sonhos não incomodem
Meus longos e eternos sonos”
...
“E, quando assim for
Na solidão total de um homem
Onde nem a brisa ousa rondar,
O passado deixará de viver”.
“Em tudo mais,
O que minha alma leva E que me é permitido
externar-lhe,
Deixo que tu percebas,
Ao sondar no fundo, da minha alma”.
Esta Academia eternamente ser-lhe-á, infinitamente
grata!
Desejo neste momento, ler
aos colegas e amigos Acadêmicos, um trecho da Palavra de Deus, que se encontra
em 1 Tessalonicenses, Capítulo 4, e Versículos 13 ao 18, que diz:
“Não
quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
Dizemo-vos,
pois, isto pela palavra do Senhor; que nós, os que ficarmos vivos para a vinda
do Senhor, não precederemos os que dormem.
Porque
o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois,
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com ele nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
Desejo ainda, cantar com
os amigos, aquele hino cantado pela orquestra do Navio Titanic quando afundava,
o hino “Mais perto quero estar”, da Harpa Cristã, de nº 187, apenas a 1ª e última estrofe; tocado por aqueles que
tinham dentro de si a esperança do ‘Encontro’, com o Mestre da Galileia; enquanto
as pessoas corriam desatinadas, em busca de um barco que as pudesse salvar:
“Mais perto quero estar
Meu Deus de Ti!
Inda que seja dor
Que me una a Ti,
Sempre hei de suplicar
Mais perto quero estar
Mais perto quero estar
Meu Deus, de Ti!
Me
vier chamar,
Nos
céus com serafins,
Irei
morar.
Então
me alegrarei
Perto
de Ti, meu Rei.
Perto
de Ti, meu Rei,
Meu
Deus, de Ti!”
Obrigada a todos.
Sevatil Lôbo
(Oradora da
AELE)
Escada, 21 de
dezembro de 2016
************************
CIDADE DE TOBIAS BARRETO, 29 DE OUTUBRO
DE 2016
DISCURSO
– PROFERIDO POR OCASIÃO DO INTERCÃMBIO CULTURAL ENTRE A ACADEMIA
ESCADENSE DE LETRAS
– AELE; E A ACADEMIA TOBIENSE DE LETRAS E ARTES – ATLA, PELA ACADÊMICA E ORADORA
DA AELE, ESCRITORA SEVATIL LÔBO.
(Saudações)
Excelentíssimo Senhor Presidente
da Academia Tobiense de Letras e Artes, Dr. Adeilson
Nogueira;
Excelentíssima Senhora Presidenta
da Academia Escadense de Letras, Dra. Ana
Lúcia Neto;
Ilustríssimo Senhor Secretário de Cultura, desta
cidade, Escritor Josenilson
Bispo;
Ilustres Secretários da
ATLA e da AELE, Professores-escritores, Senhor e Senhora, Roberto Bispo e Teresinha Melo;
Demais Componentes da
Mesa;
Acadêmicos das cidades
em Intercâmbio;
Convidados presentes;
Senhoras e Senhores.
(Introdução)
A Academia Escadense de Letras, saúda a Academia Tobiense de Letras e Artes, por ocasião deste
Intercâmbio fraterno e tão desejado já de alguns anos.
Desejamos dizer da alegria manifesta por
todas as horas convividas convosco nesta Terra, onde pulsa forte o “sentimento
de Sertanidade”, que não é Utopia de um povo sem identidade, mas, como afirma
Anco Márcio Tenório – professor do Departamento de Letras da UFPE – quando diz:
“O Sertão é a Esfinge que nos espreita todas
as horas do dia; o Relógio que marca o nosso descompasso entre o que desejamos
ser e o que somos de fato”. Desejamos
ainda, saúdar, todo o Povo Tobiense, deste “bravo rincão”, onde a memória do
seu maior vulto intelectual, o também nosso – Mestre Tobias Barreto de Menezes
– professor, filósofo, crítico, poeta, e Jurista brasileiro – escolhido pela
Academia Escadense de Letras, como seu Patrono, por representar para a AELE – como
representou para a Faculdade de Direito do Recife, que em sua homenagem,
chamou-a carinhosamente, “Casa de Tobias” – o ícone maior, o homem de Letras,
que influenciaria e mudaria para sempre as consciências daqueles, que tiveram o
privilégio de com ele conviver.
(Trajetória
da Academia Escadense de Letras)
A Academia Escadense de Letras, foi fundada
em 2010, e apadrinhada pela Academia Pernambucana de Letras. Seus membros
fundadores – Mariinha Leão, José Luiz Minduca, Sebastião Ferreira de Araújo,
Valdecí Leocádio, e Sevatil Lôbo; seus nomes encontram-se
grafados num enigma contido no Brasão da Academia. O Lema escolhido para a
AELE, foi “Lutar com Palavras”. O 1º Presidente da Academia Escadense de Letras,
o Dr. José Luiz Minduca – poeta, historiador, e hoje, Membro Honoris Causa da AELE – escolheu, junto aos Membros
Fundadores, o escritor Tobias Barreto para Patrono da Academia, em virtude da
admiração dos Escadenses, por tudo o que ele representou e representa, para a
cidade de Escada; por sua Luta de ideais humanísticos e libertadores, e por
acreditar que as Letras, a Cultura, poderiam libertar, mesmo as pessoas mais
simples; e cria que suas ideias contribuiriam para a “revolução espiritual” que viria a deflagrar-se mais tarde no
Brasil de sua época. Em seu nascedouro, a Academia teve o seu Hino, intitulado “Lutar com Palavras é vencer o vencedor”, criado pelo poeta e um dos membros fundadores
da AELE, o jovem advogado, Sebastião Ferreira de Araújo (in memoriam); À
historiadora, poeta, e hoje “Amante da
Obra de Tobias” – Mariinha Leão – coube a atribuição de criar o Hino da
cidade de Escada.
Em sua 1ª Gestão, de
2010 a 2011 – o Presidente, Dr. José Luís Minduca, criou a 1ª Atividade
Cultural, instituída pela AELE – O Natal
com Poesia – comemorado com doações de mantimentos e livros, para as
crianças de Escolas da Rede Pública, com declamações pelos alunos, e cânticos
natalinos; criou o – Chá das Cinco –
a fim de estreitar os laços com Escadenses convidados; Instituiu também o – Concurso Literário Anual da AELE – direcionado aos
jovens das Redes Pública e Privada, do Ensino Médio, atribuindo prêmios de
incentivo aos vencedores; Instituiu ainda, a ANTOLOGIA da AELE – que continua a ser lançada, a cada mês de
novembro; são elaborados em sua gestão, o Regimento Interno e o Estatuto da
Academia.
Na 2ª Gestão, de
2012 a 2013 – o Presidente, professor e psicanalista, Waldyr Siqueira – ausente
a esta Solenidade, por motivos imperativos – cria os Intercâmbios Culturais e os Encontros
de Academias; nasce em 2013, o Bloco
Lírico da AELE – que homenageia a cada ano, um personagem Escadense que se
sobressai, contribuindo culturalmente para a cidade; ainda em
sua gestão, a AELE apadrinha a Fundação
da Academia Morenense de Letras e Artes – concluída em 2014. Sua gestão é
marcada por uma grande explosão de pessoas que acorriam incessantemente, na
busca de tornarem-se “Acadêmicos”; e como diziam “eles”, queriam ser
“imortais”!
Na 3ª Gestão, de 2014 a
2015 – a Presidenta, professora e escritora, Teresinha Melo, cria o Forró da AELE, a fim de estreitar os
laços entre os Acadêmicos; cria o Encontro
entre Poetas Populares e os Acadêmicos da
AELE, com Almoçando no Mercado – com apresentações musicais e recitais,
consolidando o popular com o erudito; ainda em sua gestão, a AELE, apadrinha a Fundação da Academia Cachoeirana de Letras
e Artes, no Estado das Bahia – ano de 2015; e cria também, o Encontro das Academias de Letras e Artes
das Microrregiões de Pernambuco, que
teve seu 1º Encontro na cidade de Escada, e prosseguindo, nas cidades de
Moreno, Paulista, Cachoeira da Bahia, e Tamandaré. A Presidenta, Teresinha
Melo, dá continuidade a todas as atividades culturais criadas pelos colegas que
a antecederam; e na AELE, aconteceram naquele período, muitos lançamentos de
livros de seus Acadêmicos atuantes.
Na 4ª Gestão, de 2016 a
2018 – a Presidenta, professora e escritora, Ana Lúcia Neto, promove o Encontro de Escritores e Poetas da cidade
de Tamandaré – cidade litorânea de Pernambuco, e prossegue promovendo os Saraus Mensais da AELE, dando um novo
fôlego a escritores até então sem atuação acadêmica.
A Academia Escadense de
Letras, conta hoje, com:
26- Membros Efetivos;
23- Membros
Correspondentes;
27- Membros Honorários;
07- Membros
Beneméritos;
17- Jovens
Intelectuais.
(Fala
da Oradora)
Enfim,
chegamos até aqui!...
Prezados Acadêmicos Tobienses,
Esses dias, e esta noite, ficarão marcados
em nossa memória – lendo um breve Ensaio do grande Poeta Francês, Charles
Baudelaire, direcionado ao seu amigo, e também Poeta, Allan Poe, ele afirma ao
colega, que: “É fácil observar que a
Natureza torna bastante dura a vida daqueles, de quem deseja extrair grandes
coisas”; estando lendo o grande escritor Alemão, Thomas Mann, em um de seus
Livros de Ensaios, intitulado O Escritor
e sua Missão, pude perceber que
todos nós, escritores, devemos atentar que para dias tão difíceis, onde pessoas
desorientadas procuram acreditar em “quaisquer
coisas”, ou em
“mais nada”; onde a desesperança marca suicídios; onde pouco alento resta
tanto para pobres, quanto ricos, é bom saber, que temos uma “Missão”. Da Arte, nossa companheira e
amiga, dizia o grande Romancista Francês, Gustave Flaubert: “Ama a Arte mais que a ti mesmo; é o amor
que não te faltará nunca; que a doença não atinge, nem a morte”. Somos
portanto – Artistas da Palavra – e podemos perceber, em todas as suas
modalidades, como: Cênicas, Fônicas, Espaciais e Plásticas, que delas todas, só
a Arte Fônica, que compreende, a Poesia e a Literatura – a Arte da Palavra – é
capaz de modificar o pensamento humano; daí, que o “gênio”, revela-se, onde
aparece algo nunca antes intuído, onde algo nunca antes imaginado se
materializa, onde a surpresa e o encanto que causa pasmo, possibilita que uma
Obra atravesse anos, séculos, milênios. Tobias Barreto, atravessa já três séculos, e se perpetuará ainda mais. Diz
o grande crítico Otto Ranke, que: “A
Literatura é o sonho acordado das Civilizações”; então, prezados colegas Acadêmicos, temos algo a dizer, temos
esperança e caminhos a indicar, temos em nós, a preciosidade da “palavra” que encanta, deleita, ensina,
enche de prazer, graça, contentamento,
mas também que pode matar!” ; então, “Ser
escritor, é ter compromisso com a humanidade” (S. L.);
temos o dever de ensinar o povo a pensar; somos “alguéns” que detemos a grande e majestosa “Arte da Palavra”. Aprendemos, que, todo grande Poeta é profeta do seu tempo, e temos nas cidades de
Escada e Tobias Barreto, bons Poetas, que vêm “Lutando com Palavras”; mesmo que a Luta prossiga “nas ruas do
sono”.
Maravilhoso estar
convosco!
E voltando ao
“sentimento de Sertanidade”, pois que todos somos Nordestinos, que sempre
esperamos a CHUVA, a “temporã e a seródia”, mesmo agora, quando o mundo
globalizado perdeu a essência, o rumo, e muitos, a Esperança; num Universo que
engloba a Trilogia de toda a dimensão humana: a Terra, o Homem, a Luta; só nós,
podemos dizer-lhes: “A CHUVA vem – e em
vindo – virão as de São José, as da Primavera, quando as nuvens negras,
irromperem no horizonte, e o céu riscar-se de raios frementes, os ares
encherem-se de sons reboantes, e a festa, finalmente começar; e quando os grossos
pingos de CHUVA encharcarem a Terra moribunda, e as cacimbas e os ribeirões se
fartarem, os “mulungus” florescerem, as “baraúnas” ressurgirem; ouviremos a voz
de Euclides
da Cunha:
“O Sertão é um vale fértil, O Sertão
é um paraíso”; quando de homens como
Tobias, tirar-nos do torpor em que nos encontrávamos, poderemos dizer do nosso
Povo quão forte, da nossa Luta quão renhida, e desde então, “O Sertão de Tobias, é nossa Pátria!”
A Academia Escadense de
Letras, agradece a todos os Tobienses – a recepção magistral, e o doce acato.
Obrigados,
amados colegas!
(Sevatil
Lôbo de Siqueira – Oradora da AELE)
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Cachoeirinha-BA
03/10/2015
Discurso Fundação Academia Cachoeirana de Letras
PRESIDENTE da AELE: TERESINHA DE JESUS OLIVEIRA GUIMARÃES DE MELO
Amigos acadêmicos, autoridades aqui presentes e
representantes, meus senhores, minhas
senhoras, Sociedade da bela e hospitaleira cidade de
Cachoeira, É com prazer que partilhamos deste momento festivo, em
que celebramos a Fundação da Academia Cachoeirana de Letras.
A AELE - Academia Escadense de
Letras vive o III Intercâmbio Cultural, com a finalidade de troca de
experiências e culturas, e não poderiamos ter escolhido cidade
melhor para visitar e agregar novos conhecimentos à nossa Academia. Estamos
hoje, partilhando desta alegria indescritível, um marco
importante para a história desta cidade, que muito preservou a sua
identidade Cultural e histórica, levando a cidade a receber o status de
"Cidade Monumento Nacional", e "Cidade
Histórica" (pela sua valiosa e decisiva participação nas lutas pela
Independência do Brasil).
Diante de tantas
riquezas, ressalto que maior será a missão dos nobres amigos
acadêmicos, que é buscar preservar a Identidade Cultural de
Cachoeira, É despertar o interesse dos mais novos pela
história, arte e Cultura, fazendo com
que, esta terra continue sendo celeiro da literatura e da arte de
modo geral.
A Bahia como um todo, mas especialmente a cidade de
Cachoeira, merece de presente o empenho dos nobres acadêmicos, a
bravura para quebrar os paradigmas, visando difundir o
conhecimento, gerando novas percepções e olhares mais acolhedores as
diversas manifestações literárias e artísticas.
É nós dá
AELE, estaremos sempre a postos, tendo a certeza de que somos academias
irmãs, que laços de amizade serão
aflorados, pois, somos amigos da mesma
causa, a que vivificaremos a luta diária pela dignidade e
reconhecimento do escritor, pela perpetuação dos livros palpáveis, face
a uma tecnologia cada vez mais crescente, e do direito de todos sem exceção ao
acesso e intimidade com os livros e com as mais diversas formas de arte.
Deixo-vos com uma frase da minha
patrona Clarice Lispector que diz: "Quem caminha sozinho pode até chegar
mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza
vai mais longe." Que possamos caminhar juntos e nos apoiar mutuamente.
Aguardamos nossos queridos
confrades da Academia Cachoeirana de Letras, em seu I Intercâmbio
Cultural, para visitar e conhecer a cidade de Escada, terra do
Barões e Berço de Cícero Dias. Portanto, nobres
acadêmicos será uma honra rececê-los em nossa cidade da
Escada... Temos um encontro marcado!
Um abraço a
todos, sucesso e um até breve!
Teresinha Melo
Presidente AELE
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Escada,
24 de maio de 2015.
DISCURSO na solenidade de posse de
novos membros da AELE – Academia Escadense de Letras
PRESIDENTE: TERESINHA DE JESUS OLIVEIRA GUIMARÃES DE MELO
Amigos
Acadêmicos, Autoridades aqui presentes e representantes, caros amigos, meus
senhores, minhas senhoras, é com prazer que partilharmos deste momento festivo,
em que novos acadêmicos tomam posse como membros na AELE – Academia Escadense
de Letras.
Em mais um aniversário da nossa
querida cidade da Escada e o 5º Aniversário da Academia, tomam posse membros
que fortalecerão a nossa Academia, o nosso empreender social, por meio do
estímulo a leitura, a escrita e as mais diversas artes.
Fortalecemos a cultura escadense, com
ações concretas de resgate e incentivo a cultura local. Escada merece de
presente o nosso empenho, a nossa bravura em quebrar os paradigmas, em difundir
o conhecimento, em gerar novas percepções e olhares mais acolhedores as diversas
manifestações literárias e artísticas.
A nossa missão é cada vez mais
crescente, e justifica a integração de novos membros, capazes e comprometidos
com a nossa causa, que busquem dignificar a AELE, os acadêmicos e a nossa amada
Cidade da Escada. Que todos sejamos renovados e acrescidos de valores, através
da partilha das palavras, palavras que tem vida, que curam, que renovam e que
reascendem em nós a vontade de alçar vôos mais altos e ir sempre mais além.
E como diz a minha querida Clarice
Lispector, “A noite de hoje está me parecendo um sonho. Mas não é. É que a
realidade é inacreditável”.
Tê-los juntos nesta bela causa, é
realmente inacreditável.
Arregacemos as mangas, mãos a obra,
avante sempre! Sejam bem vindos!
Nosso muito obrigado!
Teresinha Melo
Presidente AELE
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Escada, 19
de julho de 2014.
DISCURSO DE POSSE DA PRESIDÊNCIA DA AELE – ACADEMIA ESCADENSE DE
LETRAS – BIÊNIO 2014 A 2016.
PRESIDENTE: TERESINHA DE JESUS OLIVEIRA GUIMARÃES DE
MELO
Excelentíssimo
Senhor ex-presidente da Academia Escadense de Letras Sr. Waldyr José Siqueira,
Amigos Acadêmicos, Autoridades aqui presentes e representantes, caros amigos,
meus senhores, minhas senhoras, é um prazer partilharmos desta noite de
evocações, celebrações, e, diria também de um novo jeito de caminhar, pois,
como afirmou à pensadora, escritora e poetisa Clarice Lispector, “O caminho que
eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções
que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é
apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de
sorrir, de te desejar o bem. É só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que
eu acredito que valha a pena viver.”
E
com esta certeza cumprirei com amor, disponibilidade e fé os desafios confiados
a mim nesta noite, que é de presidir a Academia Escadense de Letras no biênio
2014 a 2016. Gostaria de aproveitar a oportunidade e parabenizar os trabalhos
desenvolvidos pelos Acadêmicos e amigos José Luís Minduca e Waldyr José
Siqueira quando na Presidência da Academia, por terem contribuído para que a
AELE, tenha hoje conquistado o respeito e reconhecimento da sociedade
Escadense, bem como, das demais Academias do Estado de Pernambuco.
Ver-me
hoje aqui nesta noite festiva, percebo quão longa foi esta trajetória, das
lutas incansáveis, das alegrias incontáveis e da eterna gratidão. Trata-se de
uma trajetória de vida e de amor, de descobertas e de crescimento a cada
palavra, pensamento, reflexão, que nos faz amantes das letras, dos livros e da
transformação da essência da alma para os textos que nos justificam tantas
vezes, como poetas e agentes transformadores da cultura, da literatura e da
vida.
“Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma
certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é
preciso mais do que a vontade para escrever. Ângela diz, como milhares de
pessoas dizem (e com razão): "minha vida é um verdadeiro romance, se eu
escrevesse contando ninguém acreditaria". E é verdade. A vida de cada
pessoa é passível de um aprofundamento doloroso e a vida de cada pessoa é
"inacreditável". O que devem fazer essas pessoas? O que Ângela faz:
escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o
próprio coração.” Clarice Lispector in Um Sopro de Vida.
Quem
nunca se viu descrito em um pensamento poético? Qual de nós não foi acometido
da sensação de que aquilo foi escrito para nós ou por nós? Ah! Nossos
pensadores são mais que construtores do saber, ou da formação de um conceito,
ou até mesmo de descortinar os sentimentos?! São, portanto, os ouvintes dos
leitores! Ao lermos os textos, temos a singela sensação de ler algo que também
ajudamos a escrever, parece muitas vezes, que somos autores daquele pensamento
e nos tornamos íntimos, e muitas vezes, sem nem ao menos escritor e leitor se
conhecerem.
Este
é o fantástico mundo que nós escritores pertencemos. E é por termos este
sentimento de cumplicidade com os nossos leitores, e pela necessidade da nossa
alma poética, que escrevemos, que formamos poemas, crônicas, reflexões, que
transformamos e agrupamos tudo isso no velho e querido amigo que chamamos de
livro. Livro, que tem cheiro e que nos dar um prazer indescritível de folheá-lo
e muitas vezes partilhá-lo.
Há,
portanto, nesta noite uma mistura de sentimentos. Uma gratidão aos bons e
velhos livros, aos queridos escritores e aos demais leitores, por deixarem vivo
este processo transformador, por que ninguém lê um bom livro, sem ser
transformado de alguma maneira.
Acredito
que agora a partir desta noite encontrei o meu jeito de caminhar. Primeiramente
é sendo grata a DEUS, por Ser meu fiel companheiro, amigo e ator protagonista,
do principal livro já escrito que é a Bíblia, baseado em uma história real. Nesta
obra, encontramos sempre um conforto, uma palavra, um encaminhamento de
sabedoria, basta-nos ter a fé e a certeza de que o autor da vida, nos mostra
através de um livro, um caminho para a felicidade e vida eterna, ainda que
muitas vezes tenhamos sofrimento, angústia e dor, mas Ele nos justifica e nos
faz vencedor, “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,
pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João 15:7.
E
o que seria de nós sem os amigos? A vida não seria tão bela. Aos amigos o meu
amor e gratidão por tudo, parceria, presença e também pelas ausências. Os
amigos enchem nossas vidas de alegria, e em nossas conquistas mais humildes,
alegram-se junto a nós, acreditam que sempre podemos ir mais além, e tornam
qualquer encontro despretensioso em momento de extrema alegria, e sei que hoje
não é diferente. Agradeço aos amigos presentes e aos ausentes também, por cada
incentivo, carinho e aconchego a mim ofertado. Essa conquista também é dedicada
a cada um dos meus amigos, que são a diferença na minha vida, e como Eclesiástico
6:14 demonstra, "um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou
descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não
merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um
remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem
teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será
semelhante".
A
gratidão é um dos maiores ensinamentos que temos que aprender. Portanto,
externo a todos os meus companheiros acadêmicos o meu agradecimento por terem
me escolhido para fazer parte da Academia, bem como, para a partir deste
momento presidir esta Instituição. Obrigado a todos pela confiança, amizade e
afeto a mim dedicados. Ressalto que continuarei precisando do apoio e
colaboração de todos, para que possamos consolidar a AELE como uma Academia de
destaque em Pernambuco e consequentemente em toda a Região Nordeste. A minha
administração partirá de um princípio de informações compartilhadas e aberta,
ninguém constrói nada sozinho, é preciso mais que dois braços para dar
continuidade a esta linda e imortal obra, portanto, conto com todos vocês.
Para
a minha família, que são a minha base, meu porto seguro, a quem devo o amor, a
educação, a doação, a entrega ilimitada, que sempre estiveram ao meu lado,
apoiando, segurando e fortalecendo, para que as intempéries da vida não me
fizessem desistir, minha gratidão e amor infinitos. Aos meus pais e irmãos, a
minha entrega plena e consciente de que vocês são bênçãos recebidas por DEUS;
aos meus filhos a certeza de um amor incondicional, a graça de viver três
lindos milagres, que muito alegram o meu coração pelo carinho e amor que vocês
me dedicam todos os dias, Rômulo, Renan e Thomaz são a alegria da minha vida e
a certeza de que tudo que vivemos vem sendo honrado por vocês e eu como mãe, só
tenho a agradecer; ao meu querido esposo Reginaldo Melo, pela parceria,
lealdade, cumplicidade e amor que embala a nossa vida durante esses 25 anos de
casados, de uma relação que vai além da alegria, é baseada no amor puro e
sincero, e é a quem dedico mais esta conquista, por todo apoio e carinho que
cumulou durante toda a nossa vida.
Enfim,
para encerrar minhas palavras, trago mais uma vez um texto da minha patrona
Clarice Lispector in Um Sopro de Vida: “Tenho vontade de escrever e não consigo
(...). O que escrevo está sem entrelinha? Se assim for, estou perdida. Há um
livro em cada um de nós.”
Que
possamos continuar este lindo e responsável caminho, com o compromisso de
salvar os nossos corações, com o que faz da palavra algo essencial, que é a
arte ou dom, de transforma-se em balsamo curador.
Boa
noite a todos!!!
***********************DISCURSO DO III ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS-AELE – EM 24 DE MAIO DE 2013 – DA ESCRITORA E PROFESSORA - ACADÊMICA SEVATIL LÔBO
Lembrando o Mestre das Letras Portuguesas,
em seu Canto “V”, estrofe 37, do seu “Lusíadas”, faço dele memória, para
iniciar este saudoso discurso. E, trazendo para o presente a majestosa Obra,
daquele que metaforizou a Língua Portuguesa, como “A última flor do Lácio,
inculta e bela”, tomo dele os versos, e os parafraseio: “Porém, já três anos são passados”, quando
o Poema inicia a invocação às musas e se apresenta o gigante Adamastor.
Sem desejar fazer o
nosso Mestre remover-se dentro de sua tumba, digo a esta Academia, que a Língua
Portuguesa, está hoje, mais bela, porém, não mais inculta; propagou-se,
aperfeiçoou-se, desenvolveu-se, por meio de escritores brasileiros, e
particularmente, em pernambucanos de alto nível literário, que eternizaram-na,
em seus livros, e só para citar alguns, como: Waldênio Porto ( incansável
presidente da Academia Pernambucana de Letras) , com seu “Violinos do Coque”;
Alexandre Santos (incansável presidente da União Brasileira de Escritores), com
o seu “Maldição e Fé”; Antônio Campos ( baluarte da FLIPORTO e tão jovem ainda,
patrimônio vivo, do povo pernambucano), com
seu “ O livro do Futuro”; de um Ariano, Mestre incansável, que por amor
ao Nordeste, aceitou até a andar de avião, e eternizou-se na “Pedra do Reino”
que é o ‘seu Reino’, e onde está o ‘seu Reinado’; de Romancistas do quilate de Carrero e Correia
de Brito, o 1º com seu “A minha alma é irmã de Deus” e seu “Tangolomango”; o 2º
com sua “Galileia” e “Estive lá fora”. Divaguemos mais, Pernambuco, de uma
Lucila Nogueira, poeta de sensibilidade incomensurável e à toda prova, com seus
“Almenaras”; e que dizer dos Poetas e críticos literários: Marcos Accioly e
César Leal?! O 1º com seu”Latinomérica” galopante, batendo nos gonzos os
‘rounds’ da vida do povo sofrido, da América Latina; e o César, esse mito vivo,
de uma Obra crítica de peso, em 2 volumes espessos, em que dá a dimensão da
Literatura e de sua Literariedade, do seu efeito “sinfrônico”, que nos aquece,
encanta, enobrece e nos faz conhecer a nós mesmos.
Como senhores??! Não
seguir seus exemplos? Não me peçam para ser breve, pois quem aceita estar na
posição de “Acadêmico”, de bom grado acatará essas minhas palavras...(tão
minhas)... E por tudo isso, chegamos a 2013 e a esta festa de ‘três anos’. Do
estado do Pará acompanho vossos passos sorrateiramente, e nem sempre
manifestando minha opinião, mas quero lembrar, relembrar, aos senhores, a
missão, o juramento, desta Academia de LETRAS, e para isso, reporto-me ao nosso
tão singelo lema: “Lutar com Palavras”.
Será vã, nossa luta?! O que traduz um “Acadêmico de Letras? ; dizia certo
professor de Línguas , que “As palavras
têm um poder assustador; podem exaltar um homem até o delírio, mas podem
também, espicaçá-lo até a loucura”. Então que fazer?!:
Andar
com palavras, comer com palavras, gritar com palavras, servir com palavras, ensinar com palavras, criar com palavras, bater com palavras, educar com palavras, amar com palavras; DE-SEN-VOL-VER-SE,
com palavras, e mais que tudo: “LUTAR COM PALAVRAS”...
. E, se nem Cristo, abriu mão, do seu poder da “PALAVRA”, da sua Palavra que abriu portas, ferrolhos, e apontou
caminhos a esse mundo confuso, que “segue
punido por seus próprios excessos”, nós também, havemos de lutar com as
‘palavras’.
Alcançamos esta graça:
“ 3 anos Acadêmicos, em prol da Cultura Escadense”, e lembro de uma quadra de
um conjunto de pensamentos meus, intitulado “Os seis nadas”, onde afirmo:
“Nada é, quem nada sabe;
A ignorância é o nada,
O nada in-di-VISÍVEL;
Se nada sabes, tu és nada”.
Parabenizo aos que
hoje, nesta Academia ingressam, e um “Grande Pedido”, espelhem-se, nestes
grandes heróis contemporâneos aqui citados, e muitos não citados, e lutem pela
ACADEMIA ESCADENSE DE LETRAS, e lutem “Com Palavras”.
Ao presidente Waldyr
Siqueira, um abraço forte, e a todos os meus colegas de luta acadêmica, que
comigo também, fundaram esta Academia de Letras Escadenses.
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Discurso de Fundação da AELE em 24 de maio 2010
Fundação e Posse dos Acadêmicos Fundadores
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Savatil Lôbo*
(1) Comecemos por parafrasear uma pergunta que dá título, a um dos livros do escritor e crítico literário Afonso Romano de Sant’Anna; pergunta esta, feita quando do Romantismo Brasileiro, por José de Alencar, e mais tarde, por Machado de Assis, já no Realismo; e por fim, por um jovem ícone da música popular brasileira, Renato Russo, no séc. XX, precisamente nos anos 80 – “QUE PAÍS É ESTE?” – nossa paráfrase é: “QUE DIA É ESTE?”
E para falar deste dia desejamos traduzi-lo em três palavras – Este é o dia Magnânimo, Memorável e Magnífico; Magnânimo – porque é grandioso em seu ideal, e expressa a grandeza de alma de seus Acadêmicos; Memorável – porque ficará na memória dos que aqui chegaram, e será escrito nos anais desta cidade que hoje renasce; e Magnífico – porque esplende em beleza, em suntuosidade e em excelência daquilo que é bom, para enaltecer e dignificar o homem; O dia da Fundação da Academia Escadense de Letras.
(2) Mas, alguns perguntarão: “O que é e a que se propõe uma Academia de Letras?”
Uma Academia de Letras fomenta em seu reduto a expressão de uma cultura voltada para o aprimoramento do saber e da palavra enquanto Arte; abriga poetas, escritores, ensaístas, cientistas, filósofos, juristas; somos então uma sociedade de caráter literário, científico, artístico, e filosófico; temos o compromisso de esclarecer as mentes, alimentar idéias, leituras seletivas, ajudar na produção da palavra artística; sem deixar de proclamar as inquietações sociais próprias de um novo século, no campo político, social, religioso e, também estético.
(3) Passemos à origem da nossa cidade.
Data de 1589 as primeiras aldeias indígenas aqui existentes. Os jesuítas tinham a missão de catequizar os índios encontrados, que eram conhecidos à época como: Mariquitos, Tabajaras e Potiguares. A denominação do nome “Escada” surge quando um jesuíta resolve erguer no alto do morro, um nicho para uma imagem de Maria, e escavou numa das encostas uma escadaria no barro, daí o nome “Nossa Senhora D’Apresentação da Escada”. Com o desaparecimento dos índios da aldeia de Escada, e com o crescimento da população nos arredores da missão, formou-se o povoado, e no local, onde outrora fora erigido o nicho, formou-se uma Capela sob o mesmo nome, a qual serviu de Igreja Matriz, por um longo tempo, até que em seu lugar fosse edificado o atual templo em 1874.
Vieram os Engenhos e as Usinas de cana-de-açúcar; os Engenhos, entre eles: Alegria, Campestre, Canto Escuro, Conceição, Firmeza, Refresco, Sapucaji e outros. Também as Usinas que surgiram, no início da República, após o fracasso dos engenhos centrais, como: Barão de Suassuna, Liberdade, Massauassu. Data de 24 de maio de 1873, a sua elevação à comarca e cidade, e hoje, completa 137 anos, de sua emancipação política. (segundo o livro Escada – Riqueza de Pernambuco, do Acadêmico, hoje empossado o Dr. Luís Minduca, é dele o poema: Escada). Escada tem a perífrase de: “Princesinha dos Canaviais”; quem aqui nasceu ou nela viveu sua infância, lembra dos banhos no rio Ipojuca; do barco atrelado à margem do quintal para os passeios vespertinos, das corridas de bicicleta da ladeira do comércio até à estação de trem, dos bois bravos que fugiam do matadouro velho, às sextas feiras, e eram a diversão da criançada; quem não lembra das Minas d’água, das caças em uma fauna e uma flora exuberantes?; dos araçás, das pitangas, azeitonas, e dos jabuzeiros que rodeavam a prefeitura. Ah! O Ginásio Nossa Senhora da Escada; quem não lembra da Madre Eucaristia? Das irmãs Leônia e dos Anjos, e até do esqueleto das aulas de ciência, que chamávamos Carlito? Dos primeiros mestres – do professor Cláudio, matemático, filósofo e poeta, que nos inspirava a todos; do professor Lôbo, que nos ensinava inglês, história, educação física e filosofia, estudioso pertinaz do idioma russo; autor do livro “Catende e Eu” e patrono da Cadeira nº04, meu pai! Da professora Vanilda Lôbo; mestra incansável, que aqui chegou em 1956, fincou raízes, e dedicou 45 anos de sua vida profissional a esta cidade, e que (acaba de receber o título de cidadã escadense) escreveu sua história por entre as ladeiras desta cidade, e agora... pediria um salva de palmas para ela, minha mãe!
Hoje, Escada cresceu; segundo o último censo do IBGE, tem 54.000 habitantes, mas já somos estimados em 70.000 habitantes.
(4) Passemos à Casa Tobias Barreto.
A escolha do patrono da Cadeira nº01, Tobias Barreto, devemos à historiadora, Mariinha Leão, que cultiva um terno respeito, à pessoa do filósofo, crítico, poeta e jurista brasileiro; fundador do condoreirismo e patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras.
Nascido a 7 de junho de 1839 em Vila de Campos do Rio Real, Sergipe, em 1861 chega à Bahia; de 1854 a 1865, o jovem Tobias, para sobreviver deu aulas particulares.
Em 1867, vence em concurso à vaga de professor de Filosofia, mas é substituído por outro; publica nessa época “Os Enigmas do Universo” e “As Maravilhas da Vida”. No campo das produções poéticas, competia com o poeta baiano Antônio de Castro Alves;
Por ser mestiço, teve sua vida amorosa conturbada, numa época cheia de preconceitos conforme o crítico Sílvio Romero;
Na oratória Tobias se revelava um mestre, qualquer que fosse o tema escolhido;
Antes de concluir o curso de direito casou-se com a filha de um coronel do interior, proprietário de engenhos no município de Escada;
A residência em Escada durou cerca de 10 anos, nos quais, dedicou-se a aprofundar-se no estudo do Alemão;
Publicou os estudos filosóficos “Tomás de Aquino” e “Teologia e Teodicéia não são Ciências”, e ainda “Jules Simon”. Foi em alemão que Tobias redigiu o “Deustscher Kampfer” (O lutador alemão). Mais tarde, saíram de sua pena os “Estudos Alemães”. Em 1889, uma semana antes de morrer, escreveu uma carta ao amigo e ensaísta Silvio Romero solicitando ajuda, mas faleceu 7 dias depois, hospedado em casa de um amigo.
A obra de Tobias é de significante valor, e Hermes de Lima, ao comentar o refúgio dele em Escada, esclareceu: “Em Escada, além de publicar o “Fundamento do Direto de Punir”, é onde elabora sua posição filosófica, que traça as coordenadas da revolução espiritual que viria a deflagrar-se no país”. Hoje, em sua homenagem, a Faculdade de Direito de Recife é carinhosamente chamada de “A Casa de Tobias”. Um dos anseios de Tobias era fundar o Clube Popular Escadense (1877), cujo objetivo era aguçar o intelecto da pequena Vila de Escada.
Apresenta nos veículos de comunicação, como crítico, 3 perfis:
- O de jornalista – pelo cuidado em levar informações verdadeiras ao leitor;
- O de curador – pela luta incansável contra as injustiças aos órfãos, razão de protesto e de luta;
- O de intelectual – criando e difundindo um clube, a fim de solucionar os problemas da comunidade escadense. Enfim, a luta pelo direito do povo foi mais forte que a de sua própria profissão. Sua presença em Escada, foi marcada pela obstinação, na luta contra as autoridades e ricos da cidade. Ficou-nos a sua imagem de quem tentou passar a limpo este País, a partir de uma pequena cidade do interior de Pernambuco.
Esta Academia Escadense de Letras, presta-lhe hoje, mais uma homenagem, a de imortalizá-lo como patrono da Cadeira nº01 – da historiadora Mariinha Leão, e ao mesmo tempo, honrá-lo nomeando esta Academia, como: “Casa Tobias Barreto” → a ele nossa imensurável gratidão.
(5) Desejo agora, falar um pouco acerca de nós, Acadêmicos empossados − num tempo não muito distante dos anos que ora correm, um grupo de pessoas decidiram criar uma Academia de Letras para abrigar as vozes personalíssimas, de timbre inconfundível, e que sozinhas definem seu espaço e seu universo, independente do tempo em que vivem.
Eram 5, juntei-me a eles; um médico, um advogado, um cordelista, um jurista e duas professoras:
- O médico → jovem pertinaz em alcançar seus ideais, perseguiu este sonho, e sem intimidar-se com os desanimistas, correu ainda mais atrás do sonho e contagiou os outros − O Dr. Luís Minduca.
- O advogado → que mesmo trabalhando entre pilhas de processos, em seu escritório em Recife, nunca esqueceu sua terra, e para ela desejou um “cenáculo do saber” − O Dr. Sebastião Araújo.
- Um cordelista → aquele sempre presente nos eventos, nas escolas, na Faculdade, que a todos encantava com seu martelo cadenciado, com que atacava a inércia dos escadense − O poeta Valdecí Leocádio, que trouxe consigo a descendente indígena sua esposa.
- Um jurista → que por amor à Literatura, estava sempre em contato com eles, estimulando, orientando e perguntando “Quando faremos a Academia de Letras?” − O Dr. Juiz de Direito, Arnaldo Spera.
- Duas professoras → uma, historiadora nata, outra ficcionista, que partiu para longe, mas nunca esqueceu a infância das ladeiras, e o desejo de criar uma casa literária, onde a cultura tivesse livre curso − Mariinha Leão e Sevatil Lôbo; e vieram os outros, juntaram-se a nós! E portanto, para todos nos acadêmicos, é muito mais que o sonho concretizado, e por isso, determinamo-nos a seguir em frente, côncios de que “Escrever é comunicar aos outros que eles não estão sós.”
(6) Nosso brasão → Traz em seus símbolos a história passada e a por vir. Nele estão representados a antiga opressão aos índios aqui encontrados, sendo suas lanças fincadas na Escada, com as pontas para baixo e para cima, como a gritar, que hoje não é mais tempo de opressão. A escada simboliza a nossa própria cidade, que tendo seus degraus calcados nas correntes, fala dos negros aqui oprimidos nos engenhos de cana-de-açúcar, que foram decantados pelos poetas do abolicionismo; a cana-de-açúcar, fala dos engenhos, das usinas, da cultura açucareira, antes a principal; o livro e a pena, são as letras de idéias eternas, pelas quais os homens lutaram ontem, lutam hoje, e lutarão amanhã. No contorno, estão as palmas da sabedoria acadêmica.
(7) Nosso lema traduz um verso, do poeta Carlos Drummond de Andrade; ‘LUTAR COM PALAVRAS’; gostaria, neste momento, de encontrar a metáfora mais linda, que pudesse descrever a realeza e importância deste lema, pois que o imaginário filosófico e literário que envolve sua profundidade é indizível.
O que pedimos aos escadenses? Lutem com palavras! Afinal, lutar com palavras:
1 – É abolir a ignorância!
2 – É quebrar os grilhões!
3 – É vencer os obstáculos!
4 – É dar asas para a Liberdade!
5 – É transformar vidas!
6 – É alimentar sonhos!
7 – É defender um ideal!
8 – É suavizar realidades tristes!
9 – É abrir olhos a cegos!
10 – É fazer crer no impossível!
11 – É vencer o vencedor!
12– É também, ser poeta, escritor, cientista, filósofo, historiador, é ser alguém que sabe, que o mundo seria escuro e frio, sem a Palavra!
Enfim, ... lutar com palavras ... é contentar, deleitar, encantar, alimentar e alegrar a alma dos homens!
(8) Dificuldades – surgiram inúmeras; daqueles que defendem até hoje, tendo suas almas ainda na escuridão, o lema oposto: “nada em Escada vai pra frente”. Hoje amigos! Cai por terra esse pensamento tacanho! Escada − tem agora, uma Academia de Letras!
(9) Agradecimentos – “Que são os grandes impérios sem a justiça?” Advertia-nos Santo Agostinho – “Apenas imensos latrocínios!” E a justiça mais justa é a divina. Queremos agradecer a Deus, “...Em quem estão escondidos os tesouros da Sabedoria e da Ciência”. Ele, que um dia ao ser inquirido por Jô, perguntou “Onde estavas tu quando eu fundava a Terra? Faze-mo saber, se tens inteligência? Quem encerrou o mar com portas e ferrolhos e lhe disse: Até aqui virás, e aqui se quebrarão as tuas ondas enpoladas? Onde está o caminho da morada da luz? E quanto às trevas, onde está o seu lugar? Decerto, tu o sabes”. A Ele, o nosso Criador, razão maior de nossas vidas – horas, glórias e louvor!
(10) Fica uma mensagem final, desta Academia; que se encontra nos versos de Castro Alves, no poema “O Século”:
“Que os fracos recuem cheios de horror.
A vós, herdeiros dos Gracos,
Traz a desgraça – valor!
Lutai... Há uma lei sublime!
...Marchai.
Obrigado a todos!!!
Escada, 24 de maio de 2010
Discurso proferido por ocasião da solenidade de fundação e posse dos acadêmicos fundadores da Academia Escadense de Letras.
(*) A acadêmica Savatil Lôbo é professora, escritora e ensaísta.
Acadêmicos Fundadores da AELE
1. Maria Jose Leão Portela Gomes (Mariinha Leão)
Cadeira: 01
Patrono: Tobias Barreto
2. José Luís Minduca
Cadeira: 02
Patrono: Samuel Campelo
3. Sebastião Ferreira de Araújo
Cadeira: 03
Patrono: Padre Geraldo Leite Bastos
4. Sevatil Lôbo de Siqueira
Cadeia: 04
Patrono: Sebastião Ferreira de Barros Lôbo
5. Valdecí Leocádio de Siqueira Filho
Cadeira: 05
Patrono: João Cabral de Melo Neto
6. Adriano de Souza Sales
Cadeira: 06
Patrono: Josué de Castro
7.
Cadeira: 07
Patrono: Joaquim Nabuco
8. Severino José Lins
Cadeira: 08
Patrono: José Lins do Rêgo
9. Waldyr José Siqueira
Cadeira: 09
Patrono: Paulo Reglus Neves Freire
10. Marcos Galdino dos Santos
Cadeira: 10
Patrono: Humberto Rhoden
11. José Adolpho da Cunha Correia
Cadeira: 11
Patrono: Manuel Bandeira
12. Maria Elizabeth Varela Leocádio
Cadeira: 12
Patrono: Mário Souto Maior
13. Ana Lúcia Gomes Cavalcante Neto
Cadeira; 13
Patronesse: Cora Carolina
14. Maria do Carmo Souza
Cadeira: 14
Patrono: Cassimiro Cunha
15.
Cadeira: 15
Patronesse: Cecília Meireles
Olá, colegas! Saudades da cidade de Tobias Barreto!
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